Walter Ruttman

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Por Rodrigo Alves Viana



Walter Ruttmann nasceu em Frankfurt, Alemanha em 1887, estudou arquitetura e trabalhou como designer. Sua carreira no cinema começou no início da década de 1920 com os filmes abstratos, “Lichtspiel: Opus I, II, III e IV, onde fez experimentos com novas formas de expressão em filmes. Ruttmann, juntamente com outros colegas de sua época como Hans Richter, Viking Eggeling e Oskar Fischinger participaram do que era chamado moviment avant garde, contribuindo com novas linguagens e técnicas dentro do cinema, e influenciaram o que a partir da década de 1960 foi denominado Motion Graphics.
Conectado tanto ao cinema quanto à música, Ruttmann em sua experimentação com a série Lichtspiel, fazia um trabalho de abstração com movimentos baseados no som. Ele dizia que a verdadeira expressão artística no cinema vinha não da interpretação de atores e textos, mas do resultado da experimentação das possibilidades do próprio filme como matéria prima. Essa ótica de ser evidenciada na série Opus, que utilizava de elementos visuais puros, como formas, cores e luz, em movimentos guiados por uma trilha composta especificamente para esse filme.
Em sua técnica, Walter Ruttmann utilizava o processo de criar camadas de filme para obter os efeitos desejados, em um trabalho complexo e que demandava muito tempo e recursos. Essas técnicas de coloração de tingimento, tonifcação e tingimento manual, ou seja, coloria aimulsão para que as áreas negras tivessem uma matiz, tingindo a película de filme para que as áreas claras tivessem outra cor e retocando outras cores para formas específicas, pintado diretamente em cada frame do filme. Isto significa que cada cena tinha de ser impressa separadamente( de pedaços de negativos a preto e branco), e cada impressão de filme para projeção tinha de ser assemblado de cem fragmentos. Com sua formação em pintura, em muitos momentos fazia uso da aplicação de tinta sobre o próprio filme, talvez até para distanciar seu trabalho do dramático expressionsmo alemão da época. Com relação ao equipamento, Ruttmann usava uma câmara da marca Debrie, além de também pesquisar e desenvolver equipamentos através de experimentação.
Sua obra Opus não foi apresentada como filme, mas sim fazendo uso do termo Lichtspiel, que pode ser entendido como “show de luzes”. Com essa experimentação Ruttmann já fazia do que muitos anos depois foi denominado como arte multimídia, servindo de forte influência para trabalhos desenvolvidos futuramente por figuras importantes como Andy Wharol e ainda ganhando importância crucial na indústria do cinema a partir do surgimento do termo Motion Grpahics na década de 1960.
Walter Ruttman, viveu até 1941 quando faleceu em Berlim vítma de um ferimento durante a produçã de um documentário em prol da propaganda nazista. No período da segunda guerra mundial, ele passa a criar produções, com as quais ficou famoso como “Berlin: Die Sinfonie der GroBstadt” (Berlin: Sinfona de uma Grande Cidade) de 1927 e por sua participação como assistente em um dos filmes símbolo do movimento nazista “Triumph des Willens” (O Triunfo da Vontade).
Mesmo com sua participação ativa no movimento nazista, sua experimentação é o que deve ser evidenciado como trabalho de maior importância para o design, uma vez que junto à seus colegas vanguardistas, influênciou no desenvolvimento d Motion Graphcs em uma época onde o termo e sua utilização ainda não podiam ser imaginados. Portanto é importante conhecer seu trabalho, entendendo assim como se inicia esse processo tão importante e que ganhou força nos tempos atuais, como mídia de comunicação e expressão estética.

Suas obras de impacto para  design de movimento:
Lichtspiel Opus I (1921) - https://www.youtube.com/watch?v=k9vSRPN4jDk
Lichtspiel Opus II (1921) - https://www.youtube.com/watch?v=RwahxVC3rDY
Lichtspiel Opus II (1924) - https://www.youtube.com/watch?v=hSA8-OuadME
Lichtspiel Opus IV (1925) - https://www.youtube.com/watch?v=KTDIvDsQ0Uc



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