Por Pedro Claret Monteiro
Alexandre Wollner, (São Paulo, 1928) é um designer (principalmente gráfico) brasileiro. Criador de id visuais como a antiga id visual do Itaú, e do Branco do Brasil. Considerado um dos principais formadores do design moderno no Brasil. Defensor da linha de trabalho forma segue função, com isso extremamente funcionalista e objetivo em seus projetos Estudou na escola de forma de Ulm (instituição respeitadíssima no meio do Design tida com maior referência em design juntamente com a escola de Bauhaus).
Inicia seus estudos na área de design visual na IAC (Instituto de Arte Contemporânea) situada no MASP. Entre os períodos de 1954 e 1958 estuda em Ulm na Escola de Forma, selecionado por Max Bill (artista importante da época). Em seu retorno ao Brasil inaugura a Form-Inform primeiro escritório nesse ramo no Brasil com demais designers. Participa da Criação da ESDI no Rio de Janeiro, sendo a primeira instituição de ensino superior em design no país. Influenciando para as diretrizes da faculdade tenderem a Ulm, onde estudará e adota a visão do design voltado para indústria um design mais objetivo.
Responsável direto pela formalização da profissão no Brasil, desde sua infância já era interessado por desenhos e formas. Tendo um senso crítico muito “afiado”, é um homem de opiniões fortes e algumas extremistas até. Defensor e propagador máximo no brasil da “Forma segue Função”, na qual o design é extremamente funcionalista e pouco estético em detrimento de outras correntes do meio. Bastante crítico, porém um designer completo em sua forma e um dos maiores expoentes do design no Brasil.
Fo responsável por diversos trabalhos de grandes empresas como: Eucatex, Banco Itaú, Folha de São Paulo, Hering, Philco, Metal-Leve assim adquiri projeção internacional e de respeito. Militante antigo na luta contra as fronteiras que existem para a profissão no país. Aborda não só o como ninguém conseguiu legalizar de fato a profissão ainda e como não consegue legalmente nos âmbitos de arrecadação de impostos como designer. Assim como a barreira do cliente, que muitos ainda possuem dúvidas a respeito do papel e do que é o design e o que o designer faz, e o que está habilitado para fazer ou seja até onde o designer pode chegar.
Defensor que o design não é somente bom gosto ou criatividade inata, mas ciência a ser estudada, aprofundada e trabalhada com maior dedicação. Vê o mercado ainda com dificuldades de entender e absorver todo o potencial de um designer, e o que pode se pedir para ser realizado através do design e suas vertentes.
Defende que o design não é aquele faz a capa do livro e sim q pensa no livro como um todo trabalha uma ideia através dele. Acredita que aqueles que fazem só a capa do livro, a estampa da caixa de sabão em pó, de sucrilhos e derivados nesse sentido de somente uma superfície sem projetar e pensar no produto através de transmitir uma ideia não fazem design e sim são ilustradores. Mas podem ser design mas naquele momento não são. Acredita Wollner; que aquele que projeta e problematiza o livro como um produto único, da escolha do papel e sua encadernação as cores usadas nele, isso sim seria um design de livro.
Já publicou alguns livros que são:
• 5 anos de design gráfico no Brasil: coletânea de portfólios. Edição Eduardo Viotti. São Paulo: Market Press, 2000.
• WOLLNER, Alexandre. Alexandre Wollner. Apresentação Roberto A. Schumaker. São Paulo: Senac, 1999.
• WOLLNER, Alexandre. Design visual 50 anos. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
Ainda na militância da regulamentação da profissão, e segue ainda a corrente extremante funcionalista do design. Na qual hoje muitos mesclam não só o funcionalismo e a estética do produto. Mas para Wollner a estética é uma consequência do funcionalismo do design e o uso otimizado do projeto.
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